MOVIMENTO ESTUDANTIL ANTI PRAXE ACADÉMICA
A PRAXE NA IMPRENSA
OPINIÃO
António Carlos Cortez
"Praxes do Meco: a educação ou no reino da estupidez"
Daniel Sampaio
Daniela Gama
Fernanda Câncio
Ferreira Fernandes
João Miguel Tavares
José Pacheco Pereira
Ricardo Araújo Pereira
"Tenha a bondade de me amesquinhar, por favor"
Rodrigo Guedes de Carvalho
2009 - Viseu
Tal como na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, Instituto Superior Técnico e outras instituições, também o presidente do Instituto Politécnico de Viseu segue a recomendação do ministro Mariano Gago e proíbe as praxes dentro e nas imediações da instituição. Fernando Sebastião aponta outra razão: a denúncia recebida acerca dos “negócios lucrativos” dos organizadores das praxes, que ganham comissões dos bares para onde levam os caloiros, obrigando-os a consumir.
2008 - Macedo de Cavaleiros
O Supremo Tribunal de Justiça dá razão a Ana Sofia Damião e condena o Instituto Piaget a uma indemnização de 38 mil euros, considerando que “um estabelecimento de ensino superior tem o dever jurídico e social de impedir que seja levado à prática nas suas instalações um "Regulamento de Praxes de Alunos" contendo praxes humilhantes e vexatórias, procedimentos constrangedores que podem levar ao exercício de violência física e psíquica sobre os alunos, claramente restritivas dos direitos, liberdades e garantias dos visados”.
2007 - Coimbra, Elvas
Dois estudantes ficaram gravemente feridos em iniciativas ligadas à praxe no mesmo dia, em Coimbra e Elvas. Um aluno do 3º ano da Escola Superior Agrária de Coimbra ficou tetraplégico após uma queda durante as praxes. Em Elvas, um aluno do 1º ano da Escola Superior Agrária caiu do do castelo durante o rally das tascas da semana de receção ao caloiro.
2007 - Coimbra
A imprensa relata o caso de um aluno da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra que terá sido ferido no escroto durante um “rapanço” e de outro que teria vários ferimentos no crânio resultante de lhe terem rapado o cabelo. Esta sanção terá sido deliberada por um Tribunal de Praxe. As vítimas decidem não avançar com queixa para além dos organismos das praxes.
2001 - Famalicão
“Morte na tuna” ou “vítima da praxe” são títulos da responsabilidade da jornalista Felícia Cabrita, que pretendem deixar clara a sua tese: Diogo Macedo foi assassinado, pelos seus colegas, numa “praxe” da tuna em 2001. Um pacto de silêncio entre os envolvidos nunca permitiu apurar a responsabilidade pelo crime. Doze anos depois, a justiça obrigou a Universidade Lusíada a pagar uma indemnização de mais de 90 mil euros à família da vítima.
2003 - Coimbra
Mais uma queixa no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra: um aluno denuncia que foi obrigado a atar, no seu pénis, um cordel que amarrava um tijolo. A Ministra da Educação recebe um carta assinada pelo pai do aluno e declara que exigirá todos esclarecimentos à escola. O caso ficará por aqui.
2003 - Macedo de Cavaleiros
Um grupo de alunos do Instituto Piaget de Macedo de Cavaleiros denuncia ter sido agredido durante um “tribunal de praxe”. Os alunos agredidos chegam a prometer fazer queixa na polícia, mas acabam por não avançar. O presidente do Instituto suspende, durante 15 dias, os 25 alunos que organizaram o “tribunal” e anuncia a suspensão das praxes “por tempo indeterminado”, pelo menos “até à elaboração do código de praxes com base na Carta de Princípios”.
2003 - Santarém
Estudante da Escola Superior Agrária de Santarém, avança com denúncia pública, faz uma queixa na polícia, envia uma carta para a direcção da escola e uma carta para o Ministro do Ensino Superior. Teria sido “esfregada” com bosta, insultada e impedida de usar o telemóvel durante várias horas e, finalmente, abandonada a quilómetros de casa. O Tribunal de Santarém viria a condenar sete estudantes, numa sentença confirmada em 2009 pela Relação de Évora, a multas entre os 640 e 1600 euros. Foi a primeira condenação da praxe em tribunal.
2014 - Lisboa
O caso do Meco foi dado como arquivado por falta de provas. "Fátima Negrão, mãe do jovem Pedro Tito Negrão, foi mais longe: "Houve uma limpeza e anulação de provas na praia e na casa do Meco logo nas horas seguintes às mortes." Inconformada com o arquivamento, não se coíbe de atacar o modo como se desenrolou o processo desde o início: "Nunca houve grande vontade em procurar a verdade. E se não fosse a pressão feita pela comunicação social nem sequer havia investigação.""